sexta-feira, 24 de maio de 2013

SIMPLICIDADE DAS COISAS


24-05-2013

A beleza não consiste na opulência
No glamour e deslumbramento
De castelos e lugares artificiais, 
Ela existe e persiste em cada detalhe,
No requinte de cada momento,
Na atitude e nos gestos
Que integram em cada um
E que se tornam grandiosos
Na forma simples e bela
Que se proporciona ao meu olhar.
Talvez aquele recorte da talha que adorna,
No singelo candelabro que do tecto pende,
Ou na tela outrora pintada,
Por mãos simples e cheias de arte,
Que compõem o salão nobre.
Mas a simplicidade das coisas,
Está no brilho que meus olhos sentem,
No calor que invade o corpo,
Na serenedidade que transmite
Na pacificação da alma em desassossego.
Flui do impacto e percepção,
De um simples traço nas águas,
desenhado pelo flutuar de um cisne,
Ou na quietude das folhas e ramos,
Daquela árvore imponente que se ergue,
Do azul claro e limpo como fundo
E que meu corpo estendido na relva,
Bucolicamente observa
Todas as pequenas coisas
Que a Natureza nos oferta.
Nas contrariedades da vida,
Próprias dela mesmo,
Onde realça como bálsamo presente,
Um olhar cândido e meigo,
Que combina na perfeição,
Com um sorriso sereno,
Com a simplicidade do ser.
Na grandiosidade do gesto,
Simples mas pleno de ternura.
Ah, que paz e serenidade,
Esses gestos simples e silêncios,
Que dizem nos olhos,
O que palavras e adjectivos,
Não conseguem transmitir e decifrar,
porque não há razões e explicação,
Para a linguagem simples do coração!