de mil fronhas de memórias
e sete
pedaços d’alma
costurei uma
manta de retalhos
que intimamente
formam o tempo;
aquelas enchi-as
com o que já vivi
envolvidas como
almofadas
onde repousam
os feitos do passado
e servem de
apoio e saber;
os outros, bem
maiores e centrais
enrobustecidos
pelas dores e alegrias
formam a essência
de toda a coberta
não se vêm, mas
sentem-se e dão vida
- ao tempo
que foi e ao que há de vir.
(Adriano
Costa / Janeiro, 2022)