A vida é uma constante procura. De novos rumos, novos caminhos até ao encontro. De mim mesmo, dos outros e das coisas que compõem o Universo. Dos meus e teus pensamentos e da existência do que me é belo. Se irei encontrá-los em toda a sua plenitude? Decerto que não, mas sigo esse caminho, esse sentido, esse objectivo: O conhecimento, o sentimento, o amor e a magia de cada momento. Aqui dispo a minha alma e deixo as minhas palavras.
quarta-feira, 4 de novembro de 2020
águas que correm
terça-feira, 29 de setembro de 2020
esperança
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
correntes do mar alto
que vi em ti naquele dia de cores
e em todos os que se seguiram
que deslumbrado feitiço de luz
ou singular canto de sereia
me prendeu cativou e eternizou.
minha alma perdida e corpo inerte
choram perante a tua indiferença
das promessas em vão rasgadas
do dizer e desdizer que tu assumes
amigo hoje, ontem e amanhã nem sei.
apenas sei que nada sei de mim
como uma criança perdida e sofrida
no meio do vazio cheio de gente
de quem nada quero nem consigo
querer ou seguir outro caminho.
este sentimento não veio ao acaso
não se consegue dar ordem de despejo
nem adulterar o que à alma pertence
nem outro ousará poder possuir
assim sem rumo, sentido ou destino.
só lhe restará sózinho navegar
em movimentos trôpegos sem ritmo
no turbilhão das ondas em mar alto
procurando sentidos que não o amor
pois o que é único morrerá comigo.
(16/09/2020)
domingo, 16 de agosto de 2020
um lapso de memória apenas
quando a morte chegar
que importa se estou só
quinta-feira, 25 de junho de 2020
O miúdo, o velho e o tempo
de sucessos à tábua de salvação.
segunda-feira, 11 de maio de 2020
Se outro nome houvesse...
segunda-feira, 2 de março de 2020
A leveza do sonho
não me acordes por favor,
sorri e deixa apenas
que a brisa fresca e suave
leve os teus cabelos soltos
cobrirem o meu rosto sereno,
eleva os teus olhos às nuvens,
lá verás os meus sorrindo-te
e velando pelos sonhos,
que pedra a pedra
qual castelo encantado,
ou jardim das aventuras
flor a flor juntos plantámos,
desde aquele dia mágico
que balões no ar adivinhavam;
lembras-te do arco-íris,
aquele das manchas de tinta
que espalhamos e criámos?
foi aí que o sonho nasceu;
não me acordes meu amor,
fecha os olhos e entra no sonho,
pois que é nosso o mundo.
Objectos cinematicos - Pietro Proserpio |
terça-feira, 18 de fevereiro de 2020
Manchas de Tinta
se tingiram e invadiram nossos corpos,
da penumbra e sombra daquele sótão
sustentado em pilhas de livros encantados,
desceu até nós uma luz feita de sentidos
num jogo de claros/escuros ofuscantes
pousando suavemente nas nossas mãos entrelaçadas,
até se cruzar nos traços dum beijo feito mel;
e nas nossas vidas renascidas, da noite fez-se dia,
com todas as cores dessa mancha de tintas,
em pinceladas de amor, amizade e companheirismo,
criamos assim todos os dias um belo arco-íris,
simples, como a brisa que o descobre
por entre aquelas nuvens mágicas,
descobrindo as folhas que declamamos
com páginas e capítulos dum e doutro
do livro que palavra a palavra juntos escrevemos,
entremeadas pelo som dos nossos cantares,
de tal forma harmoniosas as cores irradiam
que toda a sua beleza se espalha no firmamento
que noite e dia olhar algum alcança,
porque é nosso o céu, a lua e o infinito.
Bicicleta Voadora - Pietro Proserpio |