A vida é uma constante procura. De novos rumos, novos caminhos até ao encontro. De mim mesmo, dos outros e das coisas que compõem o Universo. Dos meus e teus pensamentos e da existência do que me é belo. Se irei encontrá-los em toda a sua plenitude? Decerto que não, mas sigo esse caminho, esse sentido, esse objectivo: O conhecimento, o sentimento, o amor e a magia de cada momento. Aqui dispo a minha alma e deixo as minhas palavras.
terça-feira, 29 de setembro de 2020
esperança
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
correntes do mar alto
que vi em ti naquele dia de cores
e em todos os que se seguiram
que deslumbrado feitiço de luz
ou singular canto de sereia
me prendeu cativou e eternizou.
minha alma perdida e corpo inerte
choram perante a tua indiferença
das promessas em vão rasgadas
do dizer e desdizer que tu assumes
amigo hoje, ontem e amanhã nem sei.
apenas sei que nada sei de mim
como uma criança perdida e sofrida
no meio do vazio cheio de gente
de quem nada quero nem consigo
querer ou seguir outro caminho.
este sentimento não veio ao acaso
não se consegue dar ordem de despejo
nem adulterar o que à alma pertence
nem outro ousará poder possuir
assim sem rumo, sentido ou destino.
só lhe restará sózinho navegar
em movimentos trôpegos sem ritmo
no turbilhão das ondas em mar alto
procurando sentidos que não o amor
pois o que é único morrerá comigo.
(16/09/2020)