quarta-feira, 11 de julho de 2012

PALAVRAS COM VERDADE

02-05-2012

Durante as noites quebradas
Lembro o rosto da sua sua imagem
Lembrança de esperanças trocadas
Na memória  fresca como uma miragem
Minha palavra segue seu rumo
Na verdade dos sentimentos
Que p’la sinceridade tanto lutou
Mas na integridade é vivido.
Para lhe livrar de qualquer culpa
Assumi como minha toda a culpa
Para seu espirito libertar
E sua ansiedade conter
Não por altruísmo
Não por obrigação ou vaidade
Mas pela verdade do meu sentir.
Palavras que em si de repente mudaram
O seu sentido e compreensão
Que sem saber como se conjugavam
Procuravam enfim justificação
Novos horizontes se abriram
Numa ansiedade descontrolada
De sangue quente que corre
Para querer tudo para ontem
E  querer tudo a seu jeito
No seu tempo que nem sabe.
É na procura que se satisfaz
No encontro perde o sentido
Em estereótipos e conceitos
Querendo tudo sentir
Nada acaba por sentir
Senão a volúpia deslumbrada
Nessa vida constrangida
Teima em prosseguir
Procurando resultados diferentes
Na mesma forma de agir
Sofrendo continuamente
Numa ância tremida
Procurando nos outros
O que em si deve encontrar
Porque em si não se queda.
Numa vontade antes partilhada
Com transparência se erguiam
Mudou-se o tempo do nada
Sem nada dizer disse tudo
Pelas palavras sem jeito trocadas
Como num golpe confuso e profundo
Subterfúgios e teias sorteadas
Manobras e artes de diversão
Sem nexo ou casualidade.
Tão simples afinal a verdade
Porque substituem a lealdade
E a frontalidade da amizade?
Não pelos outros nem por nada
Apenas pelo valor em si impregnada
Passando das palavras aos actos
Da ilusão de um sonho à realidade.
Não são os sentimentos que magoam
Mas as atitudes que se apregoam.

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