quarta-feira, 1 de agosto de 2012

PEDRA PRECIOSA

01-08-2012

Por entre as águas calmas do rio
Onde os golfinhos correm sorrindo
As pedras rolam e desenrolam
Ao sabor da corrente sem ondas
Em bonança serena como dois braços
Que se abrem de mãos estendidas
Convidando à vida e à vontade
Espraiando-se nas margens estendidas
Largando areias e pedras soltas
Que vão ficando ao ar resistindo
Formando um caminho, um oásis
Onde pés descalços repousam
Sentindo e calcarroeando as pedras
Como suave manto de veludo.
No meio das pedras e seixos rolados
Uma brilha resplandecente e viçosa
Em tons lindos e coloridos
Combinados entre si a preceito
Num arco-íris sob o azul que a cobre.
Delicada, doce e formosa
Esta linda pedra preciosa
Tem nela uma vida constante,
Vira e revira num frenesim
A tudo e todos acode sem fim.
Suas faces e linhas torneadas
Não precisam mais ser polidas
Antes cuidadas e mimadas,
Com a delicadeza própria dum ser
Que tem no rosto um sorriso
Largo, alegre e desprendido
 Que ri, dança e corre
Que impede uma lágrima teimosa
De soltar-se de seus olhos.
Sim, tem vida e tem olhos
Esta pérola, rubi ou opala,
Como duas pequenas azeitonas
Rasgadas e semi-cerradas
Quando o cansaço a toma,
Tão dengosa e doce que fica,
Que terna imagem se torna,.
Pelo rio se solta e desprende
Corre pelo oceano adentro,
Dando a volta à enseada
Torna a surgir esplendorosa,
Dando à vida alegria e sentido,
Que duma pedra tão preciosa
Se  transforma numa bela jóia
Tão natural e maravilhosa,
Na simplicidade de sua grandeza.


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