segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ALEGRIA

23-02-2012
ALEGRIA

Alegria é o palhaço no circo
Montado no seu cavalo de pau,
Correndo alegremente
Num trote desenfreado,
Bem elaborado,
Trazendo uma carta de amor.
Mesmo o palhaço pobre,
Entre lamúrias e ais,
Tropeçando à sua volta,
Verte uma lágrima de contentamento.
Alegria foi o teu nascimento,
E mais o teu,
Um de cada vez.
Sentir cá dentro
Essa emoção inexplicável,
Em que tudo pára,
Tudo é contentamento
E contemplação.
Alegria é o teu crescimento,
E mais o teu,
Um de cada vez,
Mas o mesmo empenho,
A mesma ternura
Contar histórias de adormecer,
Cantarolar uma estrofe,
Para vos embalar.
Alegria é ter de novo,
Todos esses sentimentos.
 Brincar,
mimar,
deliciar,
Os novos rebentos,
Novos ramos sedentos,
Da mesma seiva,
Da mesma árvore.
Alegria é voltar a ver-te,
Assim alegres e descontraídos,
Sem o peso do constragimento,
Fomos embora um do outro,
Mas porque houve uma razão,
E houve uma estação
Para tudo acontecer.
E sorrir porque aconteceu,
E se falou e se foi directo.
Não importa de que forma,
Ficou o lugar guardado,
A amizade intacta,
Desse nosso crescimento,
Desse nosso contentamento.
Alegria é acreditar de novo,
Parar e descansar.
Não fechar a minha alma,
Abrir-me no horizonte,
Até tu apareceres,
De uma visão de sonho,
De um encanto privado,
Como que trazida,
Nas asas do vento.
Alegria é olhar teus olhos,
Sem conseguir despregá-los,
Contar as vezes que pestanejam,
Num cintilar constante,
Vibrante
E delicioso.
São os meus olhos que assim vêm?
São, decerto que são,
Abençoados olhos meus,
Pelo que lhes é dado ver.
Alegria é escutar,
Embevecido e sem palavras,
Tua voz cristalina,
Que cativa e seduz.
Por simples e transparente,
O que ouço,
Escuto
E bebo avidamente,
Palavra a palavra.
Num sorriso,
num riso.
Alegria é ver-te viva,
Num dançar esfuziante,
Contagiante.
Libertares o teu corpo,
Elevares a tua alma,
Acompanhar o teu ritmo.





Sem comentários:

Enviar um comentário