domingo, 6 de maio de 2012

MINHA MÃE

06-05-2012

Com as tua dores
me pariste e vi a luz
naquele dia num moinho
rodeados de mato e senzalas
foi o teu sofrimentos afinal
que me fez crescer e o que sou
foi pela tua mão chorando
que no primeiro dia fui aprender
as letras e os círculos da vida
tuas lágrimas vi correrem
pelas vezes que meu sangue jorrou
de joelhos esfolados e testa quebrada
de brincadeiras de crianças
reprimendas e educação recebi
de preocupação e amor de mãe
dádivas foste espalhando
em mim e nos meus frutos
assim fui aprendendo
e pelos anos foram passando
retalhos da minha vida
ânimo teu sempre acolhi
compreensão e carinho recebi
mesmo quando como dizias,
“quem não arrisca não petisca!"
e quando não corriam como esperado
prontamente respondias
“o que não tem remédio
remediado está”!
foi sempre assim que te vi
herdei de ti esses genes
viver a vida com alegria
entrega e devoção por bem querer
amar quem se ama sem olhar para trás
olhar em frente sorrindo
de cabeça erguida sempre
que o melhor está para vir.
ao pé das tuas as minhas dores
não foram mais que queixumes.
Toma a minha mão e firme segura
é o menino feito homem
que te leva mãe-criança!
um beijo enorme para ti


1 comentário:

  1. Dá-me a tua mão mãe-criança.
    Nascemos, crescemos somos levados pela mão, amadurecemos temos filhos vivemos para eles, ensinamos--lhes os valores que também já nos foram transmitindo acrescentando o nosso cunho pessoal,enfim crescem tomam seu rumo, ficamos na retaguarda sempre em alerta e de novo voltamos a ter que dar a mão a quem nos fez vir ao mundo. É o ciclo da vida. Bonito poema à tua mãe...parabéns

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